Eternidade Veloz

Eu, maltrapilha

Com os braços dependurados na janela

Vendo a vida ali

Passando diante de mim

Leve e colorida

De repente

Ao menor descuido

Ela se rompe

Estoura

Evapora

...

Tenho temido a leveza reticente de tudo

E a ‘eternidade’ que me passa

E esvaece

Eu, mutilada

Reconhecendo a minha vida que acena:

Bolha de sabão

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 26/08/2008
Reeditado em 07/02/2009
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