Eternidade Veloz
Eu, maltrapilha
Com os braços dependurados na janela
Vendo a vida ali
Passando diante de mim
Leve e colorida
De repente
Ao menor descuido
Ela se rompe
Estoura
Evapora
...
Tenho temido a leveza reticente de tudo
E a ‘eternidade’ que me passa
E esvaece
Eu, mutilada
Reconhecendo a minha vida que acena:
Bolha de sabão