Louvação pra Vinicius de Moraes.
Não, não pagamos o enterro e as flores
Para quem viveu e morreu de amores
E mais, muito mais, a ti devemos louvores.
Nosso inexausto poeta de muitos e novos inícios
Na pena, no violão, no copo e nos demais vícios
Nossa mais candente emoção és tu Vinícius.
Paixões ardentes teu lindo e maior testamento
Viveste muitas, a maior em cada um casamento
Tornando eterna e infinita a vivida num momento.
Teus poemas de vida, mas sempre de olho na morte
Tua música, tua bossa correram pátrias de sul a norte
Era nova, era de bamba, era afro seu samba de porte.
Tua diplomacia pop afirmava tua raça brasileira
A nossa raça, a nossa pátria, antes tão estrangeira
Por ti e de ti cantada mesmo truncada tua carreira.
Inútil tentar calar teus versos, tua reação de herói
Impossível esquecer teu amor, dito grande que dói
Logo tu, poeta do povo, que não nasceu em Niterói.
Eram muitos os amigos de talento, tu eras baricentro
Choraste saudades vivendo lá fora, e ai eu entro
Com nosso povo por ti feliz, cantando cá dentro.
Jovem eu imitei teus versos, tua verve, não nego
Velho como tu tentei amores e por um desassossego
Vivendo a buscar em casamentos. Será que te pego?
Onde estarás poetinha querido, por quem cantas?
Tu não hás de calar, pois canções te restam tantas
Como também mulheres para que tu as faças santas.
Não, não pagamos o enterro e as flores
Para quem viveu e morreu de amores
E mais, muito mais, a ti devemos louvores.
Nosso inexausto poeta de muitos e novos inícios
Na pena, no violão, no copo e nos demais vícios
Nossa mais candente emoção és tu Vinícius.
Paixões ardentes teu lindo e maior testamento
Viveste muitas, a maior em cada um casamento
Tornando eterna e infinita a vivida num momento.
Teus poemas de vida, mas sempre de olho na morte
Tua música, tua bossa correram pátrias de sul a norte
Era nova, era de bamba, era afro seu samba de porte.
Tua diplomacia pop afirmava tua raça brasileira
A nossa raça, a nossa pátria, antes tão estrangeira
Por ti e de ti cantada mesmo truncada tua carreira.
Inútil tentar calar teus versos, tua reação de herói
Impossível esquecer teu amor, dito grande que dói
Logo tu, poeta do povo, que não nasceu em Niterói.
Eram muitos os amigos de talento, tu eras baricentro
Choraste saudades vivendo lá fora, e ai eu entro
Com nosso povo por ti feliz, cantando cá dentro.
Jovem eu imitei teus versos, tua verve, não nego
Velho como tu tentei amores e por um desassossego
Vivendo a buscar em casamentos. Será que te pego?
Onde estarás poetinha querido, por quem cantas?
Tu não hás de calar, pois canções te restam tantas
Como também mulheres para que tu as faças santas.