Estranho Mundo

Sentei naquela praça para olhar as pessoas caminhando. Observei o movimento e as expressões de um por um...

Tinham gestos diferentes cada um de acordo com características que lhe eram próprias.

Inventei e fantasiei estórias para cada rosto que via. Alguns eram tristes com olhares inexpressivos e mortos.

Quais seriam suas estórias e quais seriam seus sonhos?

Soletrei a palavra F-E-L-I-C-I-D-A-D-E , mas não era o que as definia naquela tarde.

Eramos estranhos e passavamos desapercebidos uns aos outros.

Soletrei a palavra A-M-O-R e ainda não era a palavra exata.

Formavamos um grupo com nada em comum, além do fato de estarmos

todos na mesma praça e esbarrando uns nos outros hora ou outra.

Resolví soletrar a palavra H-U-M-A-N-O e percebí que fazia sentido

mas ainda não daria pé...Deixei os devaneios para trás e parei de soletrar.

As vezes me questiono por que uso palavras como felicidade ou amor,

fica tudo tão símples e ao mesmo tempo torto no contexto humano.

Afinal, cada um costuma agir de acordo com a sua verdade. Ser feliz, amar ou ser humano é uma decisão pessoal.

Quanto aos sonhos de cada um?

Sempre haverá um poeta ao redor tentando descobrir soletrando esse mundo.

Luciana Bruder
Enviado por Luciana Bruder em 25/08/2008
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T1144651
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