Estranho Mundo
Sentei naquela praça para olhar as pessoas caminhando. Observei o movimento e as expressões de um por um...
Tinham gestos diferentes cada um de acordo com características que lhe eram próprias.
Inventei e fantasiei estórias para cada rosto que via. Alguns eram tristes com olhares inexpressivos e mortos.
Quais seriam suas estórias e quais seriam seus sonhos?
Soletrei a palavra F-E-L-I-C-I-D-A-D-E , mas não era o que as definia naquela tarde.
Eramos estranhos e passavamos desapercebidos uns aos outros.
Soletrei a palavra A-M-O-R e ainda não era a palavra exata.
Formavamos um grupo com nada em comum, além do fato de estarmos
todos na mesma praça e esbarrando uns nos outros hora ou outra.
Resolví soletrar a palavra H-U-M-A-N-O e percebí que fazia sentido
mas ainda não daria pé...Deixei os devaneios para trás e parei de soletrar.
As vezes me questiono por que uso palavras como felicidade ou amor,
fica tudo tão símples e ao mesmo tempo torto no contexto humano.
Afinal, cada um costuma agir de acordo com a sua verdade. Ser feliz, amar ou ser humano é uma decisão pessoal.
Quanto aos sonhos de cada um?
Sempre haverá um poeta ao redor tentando descobrir soletrando esse mundo.