Caos Interior
Quanto espaço não há
Quantas palavras me faltam
Quanto tesouro, ouro escondido embaixo dos panos.
Dentro da mente, o medo.
No medo, o perjúrio.
Do perjúrio para a vida real, a real idade, a realidade.
Realidade que nos tira do âmago dos nossos sonhos,
Devaneios despertos, temperados pela incessante busca do incerto.
Incerto que compõe o verso, que dá brilho ao dia, que apaga a angustia
Que nos permite vagar, divagar pelas mais vagas trilhas
Que nos permite encontrar, deparar com o inesperado sonho bom.
E no exasperado ciclo de sonhos,
Entre o que aceitamos e o que nos nega,
Entre o que fica e o que não conseguimos prender,
Há um apego desapegado ao próprio eu.
Um encontro de mesmos seres que não pensam de forma equivalente.
Uma luta contínua para segregar o sonho da vida surreal.
Um espaço em branco que tentamos preencher com... bobagens.