Caos Interior

Quanto espaço não há

Quantas palavras me faltam

Quanto tesouro, ouro escondido embaixo dos panos.

Dentro da mente, o medo.

No medo, o perjúrio.

Do perjúrio para a vida real, a real idade, a realidade.

Realidade que nos tira do âmago dos nossos sonhos,

Devaneios despertos, temperados pela incessante busca do incerto.

Incerto que compõe o verso, que dá brilho ao dia, que apaga a angustia

Que nos permite vagar, divagar pelas mais vagas trilhas

Que nos permite encontrar, deparar com o inesperado sonho bom.

E no exasperado ciclo de sonhos,

Entre o que aceitamos e o que nos nega,

Entre o que fica e o que não conseguimos prender,

Há um apego desapegado ao próprio eu.

Um encontro de mesmos seres que não pensam de forma equivalente.

Uma luta contínua para segregar o sonho da vida surreal.

Um espaço em branco que tentamos preencher com... bobagens.

Kamila Babiuki
Enviado por Kamila Babiuki em 24/08/2008
Reeditado em 27/09/2008
Código do texto: T1144341
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