ACTO DE FÉ
Defender uma constante
Não parece racional.
No mundo em que nós vivemos
Nada se mantém igual.
O Homem busca a Verdade,
Pesquisa, estuda, compara,
P’ra obter uma certeza,
Recorre a fórmula rara.
Nosso alfabeto não chega,
Os integrais são menores.
E seu cérebro não pára
Na ânsia de pormenores.
Pretende o mais que perfeito,
Atingir não sei bem quê,
P’ra descobrir o que é simples
Mas não sabemos porquê!
Não encontramos mais Vida
No Universo profundo.
Não há iguais condições
Noutros astros, noutro mundo.
Porque estamos nós aqui,
Neste momento presentes,
A procurar subsistir?
Não será por sermos crentes?!
Devemos a nossa vida
A um eterno acto de amor.
Divina é a coincidência
De sermos teus, Criador.
E todos nós Vos louvamos,
Ser futuro é a Esperança.
A Luz que de Ti dimana
Dá-nos toda a confiança.