Era uma vez, se...

Carne exposta para os abutres

Assepsia bucal sem recompensas

Parapeitos & espartilhos em falsetes

Distúrbios elevados em franca potência

Outras dinastias & a ditadura dos remédios

Você não pode comer nada...

Paralisia cerebral imposta na sua TV

Antenas sobre o arco do fracasso

Diáforas para tréplicas & recintos

Parolas em papéis passados, cave dos tintos...

Expia no comando celular, impostos,

Até dos céus se desconfia, precoce sem alforria...

Cutuca a onça com vara tão extensa

Nas estrelas o olho tântrico que despeja

Volúpias em estado de engorda, cera cevada...

Diabruras em nome do varonil, em todos os tons,

Malícia imposta pelo cabo, choque térmico,

Pó que a Rosa culminou até hoje

Espelho espiado, ventos solares vindos de Orion...

A fornalha lambe os beiços, forjas afiadas,

Percursos instalados na genética matutina

O furacão que bate na porta & pede licença

Enquanto a cria balança o dedo no ar açucarado

Mega eventos, luz, câmera & ação...

A pira vai queimando os últimos heróis

Quadrinhos urrando na falta de papel

Apologias & genocídios entre outras fomes

A demora para a cura daquilo que foi inventado

Submersos na vilania do corpo perfeito

Se quiserem um grande irmão, abrace o seu!

Ainda há tempo para novos contrafortes

A nau sempre pronta para navegar o vasto mar

Onde tudo água vira, enquanto não vira pó...

Lamentar é um processo cartesiano

Cartazes anunciando a próxima atração

Crise com os novos implantes de rins

Desce mais uma cerveja, seu garçom... Desce mais...

Usineiros só quebram contratos, sem mais acordos,

Dinheiro lavado pelos bancos, cadê o meu crédito?

Tomba na fila do que poupa um pouco

Outra infâmia no verso contábil do analista

Segredos & mentiras na boca do sapo costurado

Mandigas de verbos conjugados,

No tempo mais que perfeito, qual pretérito?

Tulipas negras, turíbio, ventríloquos & manequins

Turbinas desligadas, sexo anal sem contato...

Veloz a figa na velha cadeira de balanço

Expia para elevar a temperatura

Masturbações silábicas, bebidas sinfônicas,

Alude o presente, ignora o passado & teme o futuro...

Historiadores renegam o que a poesia conta da vida

Trezentos espartanos para defender toda a Grécia

Há muito tempo ainda para voltar para as escolas

Basta atravessar a rua de novo, abra a porta...

Abra os olhos também, até o coração...

Chega de balas perdidas, siga em paz!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/02/2006
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