Vida de peão

No aperto do laço, da corda, do nó

Senti um aperto

Assim meio sem graça

No meio do peito

Do viver tão só...

Senti que meu mundo, minha vida, meu rumo

Haviam parado

Estavam como que estagnados

No meio do nada

No fim de uma estrada

Que me conduziu ate aqui

Uma estrada que aqui se acaba...

Senti que já não é hora

Que o tempo passou

Que tudo ficou, para trás

No passado distante...

Dest’arte, neste instante

Senti o desejo voraz

De viver, de novo sagaz,

Mas o laço do tempo;

A corda da vida;

E o nó das lembranças,

Deram-me as certezas

Que aquela vida que era

Passou, já não há

E o que, do tempo restou

É tudo que levo

É o que me dá esperança

Que tudo se acabe

Que nada reste para se lembrar...

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 19/02/2006
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