Vida de peão
No aperto do laço, da corda, do nó
Senti um aperto
Assim meio sem graça
No meio do peito
Do viver tão só...
Senti que meu mundo, minha vida, meu rumo
Haviam parado
Estavam como que estagnados
No meio do nada
No fim de uma estrada
Que me conduziu ate aqui
Uma estrada que aqui se acaba...
Senti que já não é hora
Que o tempo passou
Que tudo ficou, para trás
No passado distante...
Dest’arte, neste instante
Senti o desejo voraz
De viver, de novo sagaz,
Mas o laço do tempo;
A corda da vida;
E o nó das lembranças,
Deram-me as certezas
Que aquela vida que era
Passou, já não há
E o que, do tempo restou
É tudo que levo
É o que me dá esperança
Que tudo se acabe
Que nada reste para se lembrar...