Amor visível
Luas nascem em topos de arranha-céus
Estrelas cadentes são mariposas celestes
Brilhando fugazes em fachos de luz
Na beira noite do mar.
O vento tocando, de mãos tão geladas
É um doce prelúdio, vem música livre!
E bailam os fios voando, em comando
Da força mais pura de recomeçar.
O verde caindo da árvore me fez
Colher uma rosa papel, feito magia
Brotando dos dedos, sem intenção.
E toda a divindade sintonizou, ondas, ondas
Ondas de abraços. Balanço. Braços perdidos
Quem eu sou?
E como ontem a vi e tanto a procurei
Hoje ganhei, que lá foi deixado
Um beijo na Lua. Eu fui apanhar.
Tantas as coisas são invisíveis!
O amor, sim, se pode enxergar.