Embriaguês (*)
A areia serve-se do mar
Sem paz
Sem enxugar-se em guardanapo.
O mar não guarda quase nada
Galeões
E trapos de passado
Capitães-gancho fracassados
Ratos nos porões
Donzelas fracas.
Ordens rotas
Rotas pra desilusões
Portos sem registro em mapas
Riscos físicos, febre malsã
Bem longe o berço que se ama
Longe Amsterdã.
(*) Publicado originalmente em O Velho Testamento, ed. do autor, 1988.