Às vezes, como hoje

Às vezes, como hoje.

Você invade meus sonhos

E se mistura e me

Perturba.

Com seu eterno sorriso

De moleque

Atrevido...

Até hoje desconhecido.

Às vezes penso que vou te encontrar

Mais à frente,

E sempre acho que isto é certo, porque vejo com

Muita clareza, dor e certeza.

Às vezes, ao longo do seu imenso

Silêncio, perco a conta das vezes em que te penso,

Perco a conta das vezes em que te mereço.

Às vezes, ao olhar no teu olhar

Sinto tua ternura e muitas vezes

Tua urgência, teu abraço machucado,

Muitas vezes demorado,

Algo assim perpetuado.

Às vezes, como hoje,

Quando você está nos meus sonhos, mesclado

A outros muitos amores,

No meio de muitas vozes,

É a sua que eu mais ouço,

É a sua que me atrai,

É a sua que me desfaz...

Acordada, fico perdida

Em devaneios, misturada

Com teus abraços e silêncios

Presa no teu sorriso,

ferida no teu descaso,

Sobrevivendo...

por acaso...

abril/2000

Lenir Castro
Enviado por Lenir Castro em 19/08/2008
Código do texto: T1136530
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