Grilhões
O doce sabor do silêncio,
Às vezes é um santo remédio
Que, em meio aos tormentos da vida
Transmite momentos de paz.
Nem sempre o falar é o caminho
Que traz as respostas corretas.
O rosto, uma antena da alma,
Calado, diz tudo o que sente.
Porém, há o silêncio que fere,
Traz dores, traz fel e rapina,
Castiga, agrilhoa o espírito
E põe qualquer ser em ruínas.
Silêncio da boca ou do corpo
São partes do ser... Do existir...
A morte vem da indiferença...
De quando não há mais palavras.
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Poesia On Line.
19/08/08.
Mote: Quando não há mais palavras.
Proposto por Nilza Azzi.