PRECE
Horas medrosas, horas pusilânimes!
Tristes vestais das minhas noites claras;
Brisas dos sonhos, minhas aves raras;
Ternas amigas, plácidas, equânimes...
Horas teimosas, horas pusilânimes.
Cantando vais, galhardas, zombeteiras,
Os meus pesares, dores, choradeiras;
Harmoniosas, céleres, unânimes.
Horas brumosas, horas pusilânimes...
Quero viver plangendo rimas, versos,
Até que vós, espíritos dispersos,
Caleis as liras pálidas, exânimes...