O Beijo
Beijo louco, dado no prazer da língua,
Que insensitiva, nem sente os dentes lhe morder...
Pois tem um doce, que não míngua,
E um vicio de sempre mais querer...
É como um samba, bossa nova ou rock and roll,
Com a melodia e dança que as fazem seguir...
Enroladas e escondidas sob um lençol,
Em bocas que nem querem argüir...
Então beija pelo fim do mundo,
Beija, pelo renascimento também...
Pela boca desfere o sentimento profundo,
Como um instrumento bélico do bem...
Pois quando as línguas se roçam,
A química do corpo se transforma...
E incendeia quando os corpos se tocam,
Fustigando o instinto, sem regras, sem normas...
Ah! Beijo... beijo louco dado com fome,
A fome de quem ama com o drama de amar...
O beijo dado na alma, o beijo dado no nome,
A quem com amor ousou se transformar...
Com o beijo longo e denso,
Que faz a pele arrepiar...
A sexualidade no ar suspenso,
E línguas na boca na hora de amar...