O Beijo

Beijo louco, dado no prazer da língua,

Que insensitiva, nem sente os dentes lhe morder...

Pois tem um doce, que não míngua,

E um vicio de sempre mais querer...

É como um samba, bossa nova ou rock and roll,

Com a melodia e dança que as fazem seguir...

Enroladas e escondidas sob um lençol,

Em bocas que nem querem argüir...

Então beija pelo fim do mundo,

Beija, pelo renascimento também...

Pela boca desfere o sentimento profundo,

Como um instrumento bélico do bem...

Pois quando as línguas se roçam,

A química do corpo se transforma...

E incendeia quando os corpos se tocam,

Fustigando o instinto, sem regras, sem normas...

Ah! Beijo... beijo louco dado com fome,

A fome de quem ama com o drama de amar...

O beijo dado na alma, o beijo dado no nome,

A quem com amor ousou se transformar...

Com o beijo longo e denso,

Que faz a pele arrepiar...

A sexualidade no ar suspenso,

E línguas na boca na hora de amar...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 15/08/2008
Código do texto: T1129341
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