PALPITA
Meu coração trepida desesperadamente,
Causa em mim uma dor,
Uma intensa dor ardente,
Que não consigo decifrar.
A escuridão do quarto não me afeta,
Mas a dor no peito permanece,
Me devora por completo.
Silêncio total ou quase,
Ruídos estridentes que surgem no exterior da casa,
Colaboram para a fatigante ação,
De continuar acordado.
Já não se houve os barulhentos veículos,
Trafegando em alta velocidade.
Mas sim um suspiro,
Um forte suspiro enquadrado na escuridão do quarto,
Que intensifica o anseio de anestesiar o corpo.
Hoje já e amanhã,
e ainda estou de olhos abertos;
Aguardando o momento em que eles comecem a fechar.
E assim, eu possa começar o novo dia;
Recuperado sem dor alguma, causada por ti.
Daniel Feliciano
12/11/2000