MEU CÉU MUDO


Cuidarei, farei, eu serei, eu irei,
Ah não importa o que passei,
Aqui cheguei e estou só.
Meu pecado me tritura...
Como posso saciar meu olhar no pó?
Quem comigo anda nessa estrada escura?

Procuro alguém que se importe,
Que não corte o pano de fundo
E que por ventura molhe esta secura,
Lacrimeje meu céu mudo,
E por fim desagüe em minha seara...
Pois que há tanto tempo espero a semente brotar...
Há tanto tempo eu quero os pingos em minha cara.

Hoje eu quero
A colheita ceifar,
Assim eu espero
Alguém para amar.

Serás para mim,
Serei para ti,
Até que fique
A luz aqui.
Iluminadas fantasias
Aquilo que não vias.
E a música diz estou tão só...

Preciso que seu abraço
Sopre o meu pó,
Porque sozinho eu não me acho,
Minha alma se perdeu
No labirinto da vida...

Se há outra alma,
Se há procura,
Se há saída,
Eu preciso de calma,
Pois a insanidade me segura
Dos meus pecados armados,
Atirados na fogueira.
Tenho a redenção no fogo dos amados.

Não sei por que em cada dia,
Dos meus sonhos tu partes...
Sem ti de que adiantaria minha poesia
Se em meu sonho não estás?

De que valem minhas artes?
E agora onde estarás?


12/8/2008
Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 14/08/2008
Reeditado em 29/03/2009
Código do texto: T1128557
Classificação de conteúdo: seguro
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