Dia de Criança

Sou feito de respingos de sonhos

Povoado de amanhãs incertos

Certo de que o pôr de sol

Será mais belo todos os dias.

Toda a poesia do tempo

Sopra a fina poeira no ar

Espalha a cor dourada do sol

No azul das águas espumantes

Que são diferentes a cada segundo.

Sempre que a lua se enche

Enche minha voz de sorriso,

Refresca meu rosto com a chuva

Chove em toda flor do jardim

Molha toda terra relvada

Risco com tijolo minha rua de criança

A bola que quebra a vidraça rola no ar

Faz os sorrisos abrirem-se num átimo

Espalham-se pela calçada

Gargalhadas sujas de lama.

Com a roupa encharcada de luzes

Espero todo dia o amanhecer

Que ele mostre sua face rosada

E me abrace,

Debruçado no brilho dos olhos

Flamejantes, sorrindo pro céu azul.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 14/08/2008
Código do texto: T1128313
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