Caminho de esquecimento
O vento soprou e a porta se abriu
Trazendo o medo, o caos, a neblina
Para algum lugar dentro de mim
E aquele coração puro de menina
Logo adormeceu no mesmo jardim
Que a primavera esqueceu
Como um veneno efêmero
Que se apodera de toda a minha virtude
Na velocidade da luz
Meu mundo gira na mais louca inquietude
E eu sou aquela que ele não conduz
Aquela para quem o tempo
Esqueceu de passar...
Já não preencho mais
Os espaços que deixei
Estou em minhas próprias mãos
Meus segredos são os versos que eu cantei
Todos os caminhos me levam aos mesmos vãos
E minhas pegadas
O mar esqueceu de apagar
E se as gotas de chuva não batem na minha janela
Se as lágrimas procuram olhos que não são os meus
Salvarei minhas últimas lembranças
Para que elas não esqueçam de mim...