Vespertino!
Olhando o azul do céu,
Meu limite é o pensamento.
A distância não me reprime,
E voou até você.
Alimentando-me com tuas lembranças.
Sinônimo de paixão é burrice.
Nunca de branços com a razão... Esse é o meu coração!
E as imagens dançam no meu lembrar.
Como cisnes enfileirados, ensaiando o viver enfeitado.
Momento de reflexão,
Constato a minha solidão.
O mergulho num mar tão lindo.
Faz-me revigorar o meu pensar,
E me aprofundo nas águas doadas,
Pelos mares do meu coração,
A flor da pele a emoção.
Meus olhos encharcados com a paisagem,
Afogam-se refestelados e saciados...
Tão corajosa ao enfrentar o silêncio,
Que grita em meu peito ensurdecedor.
Mil tambores em festa,
Numa densa floresta,
Numa cerimônia de oferta...
De doação do líquido da vida.
No momento sangro e sofro,
Vertendo tudo num riacho,
Com direção que é tua.
Caminho de perdição,
Lembra teus abraços,
Quero ir ao teu encalço.
Morre por acaso,
Pelo simples prazer de te ver...
Inalando a brisa,
Teu cheiro faz morada em meus pulmões,
Fazendo emergir meu subterrâneo inconsciente.
Morro para viver,
Como a semente se entrega ao escuro do solo.
Para desabrochar em busca do sol.