Insulto solene com toda a pompa que merece o asno analfabeto, que resolveu se tornar rei

Isso não é nem uma poesia.

Isso é impaciência.

Preciso apenas de um buraco no mundo,

onde eu possa empurrar goela abaixo,

meu asco e meu nojo, diante de qualquer coisa

que cheire à Prada da última estação

ou à última descoberta científica.

Cabe tudo na vala comum.

Porque quando viramos comida de verme,

tudo se torna comum.

Isso aí, meus irmãos

Alimentem suas almas

com mais e mais capim.

Embriaguem-se de seus perfumes horrorosos.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 13/08/2008
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