SOBRAS DE GUERRA

SOBRAS DE GUERRA

Dedicado às crianças refugiadas das inúmeras guerras tão estúpidas quanto seus guerreiros.

Pobre criança sofrida, sem dentes, desnutrida esfarrapada.
Quanta fome, quanto medo.
Corpo corroído. Ferido. Putrefato, semimorto.
Olhos esbugalhados na face esquelética.
Só pressentem terror.
Sequer um tênue bilho de esperança.
Mãos desnudas, esquálidas,
Estendidas buscam em vão quem as segure.
Coração dilacerado.
Mal pulsa, tamanha a angustia.
Dispara por vezes, em total inquietação.
Sobras de guerra.
Criança de má sorte.
Aparência triste.
Quadro da estupidez humana,
Morrendo sempre.
A cada instante a cada olhar.

Claudio De Almeida
Enviado por Claudio De Almeida em 12/08/2008
Reeditado em 30/10/2012
Código do texto: T1124996
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