Águas em Mãos

Molho as flores que a chuva não vem,

Mato-lhes a sede porque a seca é certa.

As flores bebem a água que lhes dou,

E toda água que tenho cabe em minhas mãos.

Molho as flores que a estiagem é longa,

Sacio-lhes a sede porque quero seus frutos.

As flores sorvem cada gota que caem sobre elas,

E toda água que tenho cabe em minhas mãos.

As nuvens estão longe de surgir no céu;

As flores bebem a água que lhes dou.

São águas em minhas mãos que despejo nelas,

São águas que se multiplicam com as águas de tuas mãos.

LLP
Enviado por LLP em 11/08/2008
Reeditado em 13/08/2008
Código do texto: T1123458
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