DOMINGO À BEIRA TEJO
Do primeiro andar do pub
Vejo o Tejo em seu ‘splendor.
Enfunadas vão as velas.
Abençoa, o Redentor.
O Sol está a bronzear
Quem petisca na varanda.
E o comboio além na ponte,
Sua marcha, não abranda.
Passeia-se à borda-d’água
Entre carros de bebé
E fogosas bicicletas.
As famílias vão a pé.
Debaixo da ponte pênsil,
Escuta-se a vibração
Da metálica estrutura,
Das margens, a ligação.
A tarde vai a cair
Na precoce Primavera.
As pessoas ‘stão saudosas,
Parece longa a espera.
Suave, larga, ondulada,
A água do Tejo brilha.
Eu vou recordar-te assim,
Ó meu Deus, que maravilha!
E ao afastar-me do rio,
Inundando o ambiente,
Deixo uma luz preciosa
Do lado do Sol poente.
Lisboa, 12.02.2006