RUÍNAS

Pedras escorregadia e esverdeadas de lôdo,

em suas gretas, brilhosas samambaias selvagens.

Passagem ideal para assustadiços calangos.

abandono incorporado as paisagens.

quem quer que outrora ali tenha vivido,

com abundância em distante passado secular.

Há muito migrou descendências para sedes,

de prósperas metrópolis sem jamais voltar.

Ninguém por perto para lembrança fugídia,

tudo abandonado como a flor de jasmim

aquelas ruinas, entregue a pior das ruinas,

por ruir uma descendência até o seu fim.

Silenciosa a natureza absorveu seu espaço,

o vento afaga uma planta cuja flor abana.

Num canto o murmurio de um riacho escondido,

de onde o cheiro doce de suas águas emana.

É na Borda do Campo, lugar assim descrito,

as ruínas de pedras afundadas em mistério.

vagamente ouvi alguém de lá dizer em passagem,

que morou ali o grande traidor Joaquim Silvério.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 10/08/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1121059
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