Triste liberdade

Seu sorriso não me engana

Por que ser livre,

Se não tem quem te ama?

Rasgastes tua túnica,

Arrancastes tua máscara

E sei muito bem por quem...

Mas tanto furor, incosequência

Foi para seu próprio bem?

Sua alegre tristeza,

Me faz lembrar

Das noites que juntos

Seus sonhos me fazia sonhar

Casos e planos

Confissões de algodão

Juntos, cúmplices um do outro,

Fazíamos com que nossa passagem

Não terminasse em vão.

Você partiu e se apaixonou,

Quis entregar-se

Não quis lembrar de ninguém,

Construiu sua própria liberdade

Viveu o amor,

Carregou nos lábios,

O doce do seu bem.

Mas esqueceu-se de ser amado

E no fim não sabia se tinha alguém.

Gritou ao mundo

Quem tu eras,

Mas agora, sobrou solidão.

E nessa noite fria,

Te vejo chorando,

Enquanto segura forte em minha mão.