Monumentos em preto e branco
As muralhas que construiram,
Já não mais me imprensionam...
Belas obras arquitetônicas
Que impressionam os olhos,
Mas não comovem meu coração.
Anos de suor e luta
Que não fazem o menor sentido
Tanta expressão visual
Sem uma gota do essencial
Pra que tanta lágrima e furor,
Se lhes faltaram o amor?
O discurso dos mestres
Já não me fazem sentido
Sábios me contam histórias
Que não ultrapassam meus ouvidos
Palavras e versos vazios
Não me emocionam,
Nem de mim arrancam reação,
Sobram neles sabedoria,
Mas nos olhos só vejo ilusão.
E não sei se sou apenas insensível
Se não percebo a beleza de suas obras
Mas me vale mais um olhar cheio de amor
Que dias de festa para exaltar a glória.
Mas me vale palavras sinceras
Que longos discursos sem fé.
Vai ver sou mesmo seco
E do meu coração
Não se tem sentimento algum
Vai ver sou sensível demais
E não me compadeço
Pela falta de amor de qualquer um.