NA MADRUGADA FRIA...

A sensação é vazia!
A noite é escura...
Como cegueira pura!
Sopra o Minuano frio...
Com um forte assobio!
Que mora aqui no sul...
Mesmo com céu azul!
É um vento que racha...
A boca descasca!
Entra por todas as frestas...
E sem perdão, faz a festa!
É um vento gelado...
Todo corpo é pálido!
A pele se escama...
Vontade de ficar na cama!
É a única hora que aquecemos...
E que do frio, esquecemos!
O inverno é rigoroso...
Precisa ser muito corajoso!
Cheios de aparatos...
Vivemos embrulhados!
De vestes pesadas...
Por nós carregadas!
Pobre daquele...
Que nada tem ele!
Que se cobre de jornais...
Que publicou mortes semanais!
Causadas pelo terrível frio...
Porque ninguém sequer, viu!...
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 09/08/2008
Código do texto: T1119849
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.