situação limite.
“JOGUE SUAS ARMAS A CASA ESTA CERCADA!” gritam do lado de fora.
“Daqui eu não saio nem morto”, pensa o sujeito e olha os reféns,
Quatro pessoas, cada uma com suas angustias que compartilham este cativeiro.
Uma senhora de idade se agarra ao rosário e se une ao seu Deus, e uma
Criança abraçada a mãe que chora em desespero olhando o homem armado
Andando feito louco pela sala. Se sentindo sem saída, sem esperança e sem solução.
A única luz dentro da casa é de uma televisão que esta passando o jornal
Que anuncia mais miséria, corrupção, tragédias mundo afora. Tudo
Muito longe. Mas o drama ali dentro é intenso, único e REAL demais para
Todos eles. O homem se agita, esta com a mente acelerada, sente a morto lhe
Mordendo os calcanhares. Hoje é seu dia. Dele não vai passar. Só com um milagre,
Mas nunca acreditou muito nisso. Começa o burburinho, é agora, vão invadir a casa.
Arrombam a porta, entram vários homens armados de metralhadoras automáticas.
Atiram em todos, no homem primeiro que cai sem disparar uma bala do seu revolver. Depois na mulher que grita em desespero sendo despedaçada pelas balas. A criança corre para o quarto mas é alvejada no meio do caminho. A velha senhora sentada numa poltrona é a ultima e morre segurando seu velho crucifixo. Os invasores verificam se não há mais ninguém. Não, não há. Saem felizes dizendo, mais um policial morto.