PALAVRAS AO VENTO

Chuva lenta cai lá fora... Pingos d'agua que respingam

em meu corpo cansado da espera.

Hoje a Loba do Cerrado clama pelo amor dos amores

Clama pelo seu bem amado,

pela sua chegada.

Noites e noites varadas na espera e a cantar

em versos e prosas jogando no ar os poemas

que são para ti amado de minha vida.

Olho o tempo e a pensar me encontro.

Na vida que se esvai lenta.

No dia a dia aqui nessa solidão.

Um silêncio profundo, apenas o som da vida.

E hoje esse som gostoso que me faz lembrar de ti,

do nosso amor e me pergunto:

Em que caminho andas que não o encontro.

Que passos ligeiros o conduz.

Que asas mágicas te carregam, meu Águia Dourada,

Porque não pousa no acalanto.

Sonhos... Sonhos ... Apenas sonhos impossíveis.

Nossa vida se foi em outras eras e hoje caminhamos

separados,, sem que ninguém entenda da natureza.

Das dimensões que podemos vivenciar em energias.

E hoje caminhando em passos largos e vôos rasantes,

sempre levando o amor que é o nosso amor em

palavras , lamentos, clamor, pois cada momento

é um momento e esse é de saudade de uma vida,

do amor, da espera que continua eterna e nunca

se finda.

Ah! alma que chora na madrugada, na lua que brilha

e a Loba com seu uivo dolorido a olhar essa imensidão

e se perdendo em devaneios.

Em caminhadas pelas montanhas sempre a tua busca,

pois sabe que mesmo separados, sempre estaremos unidos

pela energia maior até chegarmos o dia da missão cumprida

onde poderemos caminhar lado a lado em uma dimensão

que nos espera para uma caminhada e nova jornada a cumprir

em nome do amor e da paz..

Assim é o nosso viver....

Sonhos... Apenas sonhos e lembranças que vêem inesperadamente

trazida pela chuva que cai lá fora, como se fossem nossas lágrimas

diante a Mãe Natureza pedindo que seja rápido o nosso reencontro.

para juntos permanecermos eternamente.

Loba do cerrado .

02.12.04

04.00

ZEL
Enviado por ZEL em 03/01/2005
Código do texto: T1119