Discordância
Fechei minha janela e morri de pesar;
Senti o canto fúnebre dos passarinhos,
Da última vez vi meu quintal em luto,
Sem suspiro algum, fechei minha janela.
Esperança se foi.
Quando havia em mim só trevas,
surgiu um dia claro no meu quintal.
Veio bailando, vestido de borboletas;
Pousou sem piedade no meu quintal.
Tudo se fez arco-íris.
Nada entendi.
Eu ainda morria de pesar,
E um dia muito claro veio me ressuscitar.
Persisti e recusei firmemente.
Ambos, o dia e eu em conflito.
Uma luta entre a vida e a morte.
Muitos dias se passaram entre nós.
Hoje, eu e o claro dia coexistimos.