CUPIM
Madeira que morre nas pancadas do machado,
na floresta que lá viveu até a chegada do cupim.
Não a espécie que todas as arvores tem por perto,
esse não deseja que elas tenha fim.
Escorre a seiva. escorre a vida vegetal. É a morte,
para morta dar vida em urbanos seios. Tronco morto.
Lares frios, esquifes das mobílias, formato de sarcófagos,
para o "cupim" são móveis, e representam conforto.
Vem o dia que o legítimo cupim quer o seu quinhão,
entra pela porta e nela reconhece a natureza.
Á vontade foi ali por que nas matas lhe retiraram,
seu prato servido a fartar em plena mesa.
Ele queria uma só árvore que frondosa resiste,
mas lento lhe porporciona sobrevida e aos pares.
São anos a fio para se servir de uma só gigante,
já o invasor em dias as consome aos milhares.
Esse é o cupim, que destroi toda a mata virgem,
vem de longe, e junto com ele o fantasma do deserto.
Sem inimigos naturais o portador do mal, corroi o cerne,
abrindo na natureza um campo nu a céu aberto.
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