CUPIM

Madeira que morre nas pancadas do machado,

na floresta que lá viveu até a chegada do cupim.

Não a espécie que todas as arvores tem por perto,

esse não deseja que elas tenha fim.

Escorre a seiva. escorre a vida vegetal. É a morte,

para morta dar vida em urbanos seios. Tronco morto.

Lares frios, esquifes das mobílias, formato de sarcófagos,

para o "cupim" são móveis, e representam conforto.

Vem o dia que o legítimo cupim quer o seu quinhão,

entra pela porta e nela reconhece a natureza.

Á vontade foi ali por que nas matas lhe retiraram,

seu prato servido a fartar em plena mesa.

Ele queria uma só árvore que frondosa resiste,

mas lento lhe porporciona sobrevida e aos pares.

São anos a fio para se servir de uma só gigante,

já o invasor em dias as consome aos milhares.

Esse é o cupim, que destroi toda a mata virgem,

vem de longe, e junto com ele o fantasma do deserto.

Sem inimigos naturais o portador do mal, corroi o cerne,

abrindo na natureza um campo nu a céu aberto.

P0808080821G.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 08/08/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1118464
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