Decadência
Despertas-te em ti a besta adormecida
Tornando-se uma fera primitiva,
Rosnando tua ira ensandecida
Com uma violência instintiva.
Carrega em tuas mãos a morte
Feito um sanguinário algoz,
Mudando de tantos a sorte
Ao fazer soar do revólver a voz.
Sangue inocente derramas-te sobre a terra
Cobrando vidas em tua própria guerra
Como mensageiro das hostes do mal,
Do teu juízo o dia certamente chegará
A preço de sangue o sangue pagará
Pois fizestes do divino, uma coisa banal!