Poesia, rima e vida
A poesia ficou rala
e o amor nada fala.
Restou a rua e a mala;
sou eu e o quarto sem sala.
A rima ficou pobre e rara.
A vida me custa os olhos da cara.
Maldição do bruxo canhalha
e da Morfina que sempre falha.
"Cést la vie . . ."
Perpétuo "Dejá Vú".
Nas eternas náuseas que sempre senti.
Mas ainda bebo esperança,
afago a noite criança
e ando nova andança.