Horas de ontem.
Da boca o beijo que desejei,
Dos olhos as lágrimas que marcaram.
É tua a solidão que dói.
Sei, que a culpa que um dia foi, ficou.
Como os tais pratos em fina porcelana,
Com algo mais, os dois se fazem a vazia companhia na mesa de jantar.
Pouco sobrou da sala, e da casa?
O vento derrubou, daqueles “violentos.”
Começa leve em brisa.
Ontem encontrei, o meu relógio,
Marquei a hora e fiquei,
Entre os ponteiros, das horas que partiram.
O circulo completo, e várias vezes...
Culpei o velho, e os ponteiros que herdei.
Certa vez descobri um segredo intimo,
Esqueci de lembrar hoje.
Esqueci de dar corda no relógio,
Parei nas horas de ontem.