OS MEUS E OS SEUS RESTOS!

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Faço um grande esforço para conviver com a necessidade de não me lembrar de você!

Doces letras de um sonho cosido com falas, frases, promessas e compromissos numa areia movediça!

Imergir ou emergir não fará diferença, pois qualquer resultado não irá oferecer o riso para a minha alma...

mas lembrar-me de esquecer será regra neste pouco que me resta para colorir a possibilidade da alegria!

Persisto no procedimento de falir a sua ocupação nos espaços da minha vida!... talvez o inenarrável vazio que será deixado pelos anos registrados consiga explodir um inebriado pranto!...

Tudo isso será preciso, pois careço ressurgir sonhos amordaçados e misturados às suas cinzas existenciais!

O único receio nesta hora é que surja o vento por aquela fresta e leve os seus restos e os meus!

©Balsa Melo

06.08.08

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BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 06/08/2008
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