Terra
Abençoada que faz nascer,
Tem título de mãe
De cujo pó tudo provém!
É palco da vida e do ser,
Tem força, fogo e vigor,
Mas é fria e egoísta também!
Materna e generosa que tudo dá:
Alimento, vida, calor e chão.
Vem dos filhos depois tirar
A esperança, o sorriso...
Que desilusão!
No instinto e zelo de cuidadoria
Ela prepara a carne com o melhor alimento,
Não deixa os filhos sequer um dia,
Quando enterra o homem
Lambe-se com vento!
Parnaíba, 09/02/1988