triste

tão séria...

tão centrada...

tão conhecedora dos meandros do ser...

tão sapiente...

tão equilibrada...

tão flat...

tão fria...

tão triste...

(eu? eu quero o brinquedo e o fogo

eu quero o mundo em mim

nevrálgico, biológico, vivo.)

ela, triste

optou pela arquitetura prática de si

pragmática agora

e não menos triste que antes

e deve pensar:

afinal, quem é feliz?

deixa ela

ela prefere assim

e, felicidade

fazemos à nossa maneira

sempre foi assim

nossos placebos

nossos narizes vermelhos de palhaço

nada tenho contra eles:

tenho também o meu

guardado no bolso.