El Matador

Era noite,

Na arena nada se via,

Apenas a sombra

De um homem solitário,

A quem um dia

Chamaram “El matador”

Diego de seu nome,

Era toureiro,

há muito trocara a arena

Por outros prazeres.

Sentia em suas veias

O sangue correr-lhe

Como se lhe fervilhassem

As entranhas.

Na lembrança as

Os capotes e mantilhas negras,

As espadas e aguilhões.

Era essa sua paixão,

Até ao dia que por alegria

Ou infortúnio

Conheceu alguém

Que dessa vida o levou,

Sentiu prazeres até então

Desconhecidos,

Sentiu o sangue se esvair

Como se bandarilhas se

lhe espetassem.

Apaixonara-se por

Alguém até

Então proibido.

A vida trocara-lhe as

Voltas, agora era ele

O toureado.

Álvaro Gonçalves Correia de Lemos
Enviado por Álvaro Gonçalves Correia de Lemos em 04/08/2008
Reeditado em 14/09/2008
Código do texto: T1112894
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