QUANDO DESPERTA
Acontece de anoitecer e eu amanheço
Escapo aos farrapos da luta com o dia
Troco inútil roupa pela capa da noite!
É hora de ouvir no silêncio os insones
Conversar em sigilo com os segredos
Adornar retratos na memória de vê-los...
Engolidos nós agora geminam palavras
Sílabas dançam nos meus dedos ativos
Acham a porta para o berço das frases.
Fora de mim, um marujo dá âncora a lua
Gira esfera da Terra para que tudo se crie
O breu fecunda na estrela versos solares!