QUANDO DESPERTA

Acontece de anoitecer e eu amanheço

Escapo aos farrapos da luta com o dia

Troco inútil roupa pela capa da noite!

É hora de ouvir no silêncio os insones

Conversar em sigilo com os segredos

Adornar retratos na memória de vê-los...

Engolidos nós agora geminam palavras

Sílabas dançam nos meus dedos ativos

Acham a porta para o berço das frases.

Fora de mim, um marujo dá âncora a lua

Gira esfera da Terra para que tudo se crie

O breu fecunda na estrela versos solares!

betina moraes
Enviado por betina moraes em 04/08/2008
Código do texto: T1112739
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.