OS DOIS LADOS

Deixa o poeta amar sem que precise ter sonhado,

E se contradizer, ao aceita ser, por vezes, maltratado.

Deixa o poeta impor correntes de sedução,

Impondo limites ao belo corpo que vê em sua mão.

Deixa o poeta ser homem que às vezes não sonha,

Comprometer-se à orgia sem a mínima vergonha.

Deixa ser o homem que te invade e te enlouquece,

Cabendo a poesia, a alma e o gozo,se assim merece.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 13/04/2005
Código do texto: T11102