OS DOIS LADOS
Deixa o poeta amar sem que precise ter sonhado,
E se contradizer, ao aceita ser, por vezes, maltratado.
Deixa o poeta impor correntes de sedução,
Impondo limites ao belo corpo que vê em sua mão.
Deixa o poeta ser homem que às vezes não sonha,
Comprometer-se à orgia sem a mínima vergonha.
Deixa ser o homem que te invade e te enlouquece,
Cabendo a poesia, a alma e o gozo,se assim merece.