Vício da Nostalgia
Tempos modernos, tempo antigo
Saudosismo que alavanca nossa história
Em verdade, o passado é sempre amigo
Que nos faz imaginar tempos de glória
Assim caminha, lentamente, a humanidade
Buscando algo que imagina não possuir
Insensata, apelida de felicidade
Tudo aquilo que ainda esta por vir...
Vai a vida, quase sempre esquecida
Alienada... displicentemente
Apressa-se como dama enlouquecida
Deixando esquecido o presente
Quando a dor lateja e pulsa o ferimento
A alma grita expondo sua fragilidade
Em verdade o que corrói é o sofrimento
Que desatento a castiga sem piedade
Como antídoto lança mão do que é saudade
Lembranças alteradas na memória
E logo vai acalmando a ansiedade
Que se consome no desejo de vitória
Quanta delícia experimenta a cada dia
Ao lembrar o bem estar que teve outrora
O passado é algoz que ludibria
Impedindo a dor de ir embora...
Doce mistério envolve o ato de viver
Mesclando encanto, desencontro e magia
Talvez a sina que provoca o sofrer
Esteja na ilusão que é nostalgia