MONÓLOGO

Quando não podes dialogar

Porque solidão te invade

Ou porque o amor acabou

Poeta não deves desanimar

Deves ter força de vontade.

Um poeta consigo falou:

Muito baixinho

Com os meus botões,

Falo sozinho

Minhas emoções,

Dores e penas,

As alegrias,

Vidas serenas,

Sonhos a esmo,

Sem companhias.

Falo sozinho

Comigo mesmo

Muito baixinho.

Tudo 'stá fusco

Na minha vida.

Alivio busco

Na minha lida.

Versos que faço.

Olhos chorando,

Rindo cantando,

Deixo meu traço

A minha trilha.

Em nada brusco,

E nada brilha.

Tudo 'stá fusco.

O tempo passa

Sozinho estou.

Vida devassa

Para onde vou.

Monologando

Vivo a sonhar,

E murmurando

Alma a sangrar,

Negro coração

Tristeza crassa,

Nesta solidão

O tempo passa.

Victor Alexandre
Enviado por Victor Alexandre em 11/02/2006
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