Morreu poema.

Quero a ponta do punhal

Cortando o ar tal qual

Uma jugular e o sangue

Em borbotões escorrendo

Ao cair na página branca

Aos poucos, bem devagar.

Formasse um poema

Que falasse da morte do ar

Louco, bem louco seria.

Cortar o ar bem na jugular

Sem ar eu morreria

E o poema nasceria pra contar

A história de um poeta

Que ao fazer o poema

Morreu poema

ABittar

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