Como nascem meus poemas

Como nascem meus poemas

Hoje quero escrever

Mas não estou inspirada

Embora sinta no peito

Que as letras querem viver

E quando penso nas palavras

A inspiração não me quer

É muito comum pra mim

Esse fato acontecer

De ficar sem os meus versos

Quando muito eu os quero

Mas nas caladas da noite

Eles vem me perturbar

Me mandando escrever

Chegam bem devagarzinho

Me pedindo pra nascer

Embora naquele momento

Eu não queira escrever

Mas de tanto eles pedirem

Resolvo um poema fazer

Quando quero escrever

Esses danados não vêm

Parecem adormecidos

Não escutam meu chamado

Mas quando eu quero dormir

Lá vem eles perturbarem

Meu sono logo espantam

Me dizem pra levantar

Pegar lápis e papel

Começar a rabiscar

E do jeito que ditarem

Tenho eu que registrar

Sempre quero entender

Como escrevo meus poemas

Se nas horas que desejo

Nenhum verso quer nascer

E quando menos espero

Lá vem eles me chamar

Assim é como me vem

Minha singela inspiração

Ela é quem chega a mim

Não preciso procurá-la

Pois se isso eu fizer

A danada não virar...

Carvalho/30.07.08

Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 30/07/2008
Reeditado em 26/11/2009
Código do texto: T1105270
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