INVENTÁRIO
Já me destes, de joelhos, flores e lágrimas
E eu, que no íntimo sou vazio de perdão,
Não tenho nada que possa dar outra vez.
Até os presentes se esvaziam de invólucro
Há uma viva crueldade no escorrer do dia
Novidades são repetições do mesmo tempo.
Não há o que lhe ofertar na velha bandeja,
Os espaços estão vagos em um trem parado,
Já não há, imagine, nem mesmo, a bandeja...