Quando acaba a Esperança...
A pessoa nasce ...
Cresce aprendendo coisas,
Desenvolve-se acumulando conceitos,
E depara com a insana realidade da vida.
Vê caminhos a escolher e tem dúvidas ...
Perante os opostos, erra ou acerta,
Na sua liberdade, assume a responsabilidade,
Segue adiante vivendo, certo ou errado.
Enquanto certo, há o erro alheio ...
Se errado, sente a certeza ao lado,
Persiste no erro e paga elevado preço,
Mais elevado o preço, para se tornar honrado.
Esquece o passado, adota a sensatez ...
Abandona o mal, dá ao bem a sua vez,
Persegue as virtudes, almejando a PAZ,
Que insistentemente, acredita ser capaz.
Poucas vitórias, muitas derrotas ...
Incansável, nunca abandona a expectativa,
De construir seu mundo, uma vida melhor,
Socorre ao próximo, mostra o amanhã de glória.
Seguem juntos, a decepção aparece ...
Só, continua, acreditando sempre no semelhante,
Transpõe incontáveis barreiras, arquitetadas por eles,
Companheiros de jornada, cuja vitória alheia não se admite.
Quando do mal, o abandonam, se do bem, o abandonam também ...
Incansável obreiro, o penoso ideal não abandona,
Frustrações e desilusões, a sua alma castiga e cansa,
Agarra-se na esperança, fortalece e continua.
Vislumbra alegria, nova expectativa cria ...
Pensa próximo do êxito, como se segue um rio,
Ainda vivo, na decepção perece, ao descortinar já exausto,
Um imenso vazio !
Por Alexandre Boechat,