Ontem.
O corpo jogado de lado,
Como forma de expressão,
De toda violência, de um amor que acaba,
Como o inicio, de uma flor.
De forma que incendeia, deforma.
Ontem tudo era tão sutil,
O que hoje é agressão,
Formato de futuro,
A semente de um furto sem gosto.
A falta de tato, confundida com espontaneidade.
Fundida com a frieza de caráter,
Ontem o foco de tudo era o vazio.
O vazio, o vazio, o vazio, o vazio.
O plano era não parar,
O plano é sobreviver, para ver o fim.
O plano e não planejar, o planejado.
Ontem a noite foi lenta,
Carreguei cada segundo, junto com a insônia.
Tentei escrever, tentei ler,
Tentei me sentir bem.