Ser poeta

Havia no que eu acreditava ser certo

o medo de apenas estar errada,

qual estrela que cintila, brilha

no por vir da madrugada.

E tempo houve

em que não colhi as flores!

E tempo houve

como se me colorissem as cores!

Há no que me lembro

o vislumbre do guizo

de um animal que rasteja,

o lume de um Narciso

que é essencial

ao que minha alma deseja.

Mas tempo houve

em que minha alma

desejou, um dia, ser poeta...

E tempo há - porque o é

quem vive

além de sua época!

Beatriz Araujo
Enviado por Beatriz Araujo em 27/07/2008
Código do texto: T1100117
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