Parolas! – IV
O laço da corda, nó, enlace ou córdia,
Barulho de visão que o olho tapa, topa acima,
Da escada descendente, aflita a dor rente,
Sente nos dentes, a boca a calça levanta,
Andarilhos, qual o destino que se destina,
Mal se explica, espera, outro olho vidrado,
Balança na fumaça que a ponta ardente,
Ressente cada receio vivido, recheios múltiplos,
A voz do silêncio que se cala na solidão,
Cabelos do tempo no fio do relógio que bate,
Vela a folha tão navegante quanto a ilusão,
Olhos mareiam para nova lágrima contida,
Muitas cobranças, só olha as contas, arrasta,
O que a flor empresta no matiz de um Jardim,
Ora lamenta-se sem pestanejar, arca de metais,
Por mais que veja bem, que preste atenção,
Nem tem letra para formar uma outra canção,
Desenrola o limite, novas luzes pelos túneis,
Nada de mal que mal perdure, ou mal que suscite,
Mais uma vez rente a água acesa sob estrelas,
Que me brilhem os olhos na amada Ilha,
Assim que a solidão seja só um pensamento!
Peixão89