"As Duas Rosas"
Uma é mesmo a verdadeira,
a outra, simbólica, na bailarina.
Para além de tudo o que me encanta,
uma veste-se de veludo-carmim,
a outra, de místico-rosa-cetim.
Uma cheira à framboesas,
a outra, lembra princesa.
Uma, no palco, dança,
outra, enfeita a aurora.
Mas sabe o que mais espanta
nessa grande semelhança?
É o bem perverso destino,
que entrelaça a ambas
- bailarina e rosa -
numa dolorosa
e efêmera
beleza...
Uma chora na vida,
a outra na natureza.
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Silvia Regina Costa Lima
22 de julho de 2008