"As Duas Rosas"

Uma é mesmo a verdadeira,
a outra, simbólica, na bailarina.


Para além de tudo o que me encanta,
uma veste-se de veludo-carmim,
a outra, de místico-rosa-cetim.
Uma cheira à framboesas
,
a outra, lembra princesa.
Uma, no palco, dança,
outra, enfeita a aurora.


Mas sabe o que mais espanta
nessa  grande semelhança?
É o bem perverso
destino,
que entrelaça
a ambas
- bailarina e rosa -

numa dolorosa
e efêmera
beleza...

Uma chora na vida,
a outra na natureza.
*******
Silvia Regina Costa Lima
22 de julho de 2008



SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 26/07/2008
Reeditado em 15/05/2009
Código do texto: T1099105
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