Modernismos
Manoel
Brutal hemorragia
Gotejada em papel.
Bandeiras
Esbravejam contra o céu
Que desaba sem estrela.
Andrades
Andróides famintos
Laceram a ferida
Milhões de Josés sangrando vermelho frida
Kalam um kalar que
Já nunca
Já mais
ou menos
acalanta.
Largo kalar esse, tenaz
Que é cheio de voz
Quer queiram, Queiroz
Terrorismo da garganta
Meiamargo,
Mei-reles mortais
Comendo-se a si
tar-cí-la-ba-por-si-la-ba
gramático, o poema explode
vacila,
vira uma notícia de jornal:
Aqui jaz mais um verso
Aqui jaz mais um mal
dito popular...
(HFD)