Modernismos

Manoel

Brutal hemorragia

Gotejada em papel.

Bandeiras

Esbravejam contra o céu

Que desaba sem estrela.

Andrades

Andróides famintos

Laceram a ferida

Milhões de Josés sangrando vermelho frida

Kalam um kalar que

Já nunca

Já mais

ou menos

acalanta.

Largo kalar esse, tenaz

Que é cheio de voz

Quer queiram, Queiroz

Terrorismo da garganta

Meiamargo,

Mei-reles mortais

Comendo-se a si

tar-cí-la-ba-por-si-la-ba

gramático, o poema explode

vacila,

vira uma notícia de jornal:

Aqui jaz mais um verso

Aqui jaz mais um mal

dito popular...

(HFD)

Harley Dolzane
Enviado por Harley Dolzane em 09/02/2006
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